domingo, setembro 16, 2007

Cerca de 70% da população do Brasil é pobre (Questão extra 2ºs anos)

Ter uma refeição rica em proteínas todos os dias e uma caminha boa para dormir. Que criança não merece essas coisas? Mas infelizmente nem todas os meninos e meninas têm isso. É o que mostra um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).


Segundo a pesquisa, apenas 27% das pessoas (entre adultos e crianças) conseguiram sair da pobreza entre 1993 e 2003. Os outros 73% permaneceram na condição de pobres.

Pobreza...

O estudo apontou que há dois tipos de pobreza: a crônica e transitória.


Na pobreza crônica estão presentes as pessoas não-brancas, os menos escolarizados, os residentes da região Nordeste e os trabalhadores informais. A pobreza crônica é a mais difícil de susperar e acontece quando as pessoas não conseguem melhorar de vida.


Já a pobreza transitória acontece quando há um problema de dinheiro na família que pode ser resolvido. É por exemplo, quando um pai ou uma mãe ficam desempregados e sem dinheiro para sustentar os filhos. A família pode cair na pobreza por um ano e tornar-se pobre nesse período, mas depois tem como sair dessa condição.


No Brasil...


Quase 70% da população brasileira está situada na pobreza crônica, a mais complicada de resolver. Para o pesquisador Rafael Ribas, é preciso investir nas políticas socias - como educação e saúde - para tentar reverter essa situação.


"Não adianta dar escolas, se a pessoa não vai ter condições financeiras de chegar até elas”, ressalta Ribas.A pesquisa também apontou que a pobreza é maior no Nordeste, já que lá as pessoas têm maior probabilidade de nascer pobres e permanecer nessa condição.



O islamismo no continente africano (Questão extra 8ª série)

Depois do Oriente Médio, do subcontinente indiano e do sudeste asiático, a África se constitui numa quarta região que, apesar de menos importante no passado muçulmano, vem adquirindo cada vez mais relevância no contexto do chamado mundo islâmico. O número de muçulmanos na África é na atualidade estimado em mais de 300 milhões, cerca de 27% do total dos seguidores da religião criada pelo profeta Maomé.

A islamização no continente africano se difundiu muito mais pelo comércio e pela migração do que por conquista militar. A expansão do islã na África seguiu três direções: do noroeste do continente (região do Magreb), ela avançou pelo Saara e alcançou a África Ocidental. A segunda direção foi aquela que, partindo do baixo para o alto vale do Nilo, chegou ao nordeste da África (península da Somália e arredores). Por fim, comerciantes originários da porção sul-sudoeste da Península Arábica e imigrantes do subcontinente indiano, criaram assentamentos no litoral do Índico e, dali, difundiram a presença muçulmana para o interior.

O islamismo fez sua entrada no continente a partir da África do Norte, do Egito ao Marrocos, sendo uma das primeiras regiões a ser conquistadas pela expansão inicial árabe-islâmica (séculos VII e VIII). Dos séculos X a XVI, mercadores muçulmanos contribuíram para o surgimento de importantes reinos na África Ocidental, que floresceram graças ao comércio feito por caravanas que, atravessando o Saara, punham em contato o mundo mediterrâneo ao das estepes e savanas do Sudão Ocidental e África centro-ocidental. A conversão de certos monarcas africanos fez não só o islã avançar como criou uma florescente cultura. Assim, cidade de Tumbuktu (no atual Máli) era, no século XIV, um núcleo urbano conhecido pelo alto nível de suas escolas islâmicas, que atraíam muçulmanos de várias partes do mundo.

Na porção oriental do continente, comerciantes árabes conseguiram se fixar junto ao litoral do Índico, levando a gradual conversão de grupos africanos que viviam em áreas da atual Eritréia e do leste da Etiópia. Todavia, os reinos cristãos do alto vale do Nilo conseguiram bloquear por séculos o avanço muçulmano, como foi o caso dos grupos etíopes, ocupantes dos altos planaltos da Etiópia. Nos séculos seguintes, a cultura árabe-muçulmana influenciaria grupos bantos que estavam em processo de expansão para a África oriental e meridional.

Paralelamente, comerciantes árabes cruzaram o Oceano Índico e criaram, do Chifre da África ao atual Moçambique, um conjunto de importantes cidades-Estado e fortalezas, junto ao litoral e nas ilhas, cujo comércio de ouro se manteve até o início da presença portuguesa no século XVI. Às vésperas do início da colonização européia, o islã se constituía na principal presença "importada" no continente, presença esta que já estava fortemente integrada às sociedades africanas.

Fonte texto: http://www.clubemundo.com.br/revistapangea/show_news.asp?n=252&ed=4
Fonte imagem: http://www.infobrasil.org/fotos/fotos/Christian-PMI/images/2243.jpg

sábado, setembro 15, 2007

O vilão virou herói (Questão extra 1ºs anos)

O que pode nos salvar do aquecimento global, quem diria, é a energia nuclear


Texto Rodrigo Cavalcante
Ilustração Rômulo Pacheco


Viver é usar energia. Sem ela, o mundo desliga. As crises mundiais do petróleo, na década de 1970, são um bom exemplo de como a dependência de uma fonte de energia pode mudar o curso da história. A alta do preço do barril em 1973 e 1978 por causa dos conflitos no Oriente Médio interrompeu o mais virtuoso ciclo de crescimento que o Ocidente vivera no século 20. No Brasil, a crise adiou o sonho de nos tornarmos uma potência: saltamos do milagre econômico, no início da década de 1970, para o endividamento e a estagnação das duas décadas seguintes. Mais recentemente, a ameaça do apagão elétrico no governo FHC, em 2001, só não foi uma catástrofe porque o Brasil cresceu a taxas medíocres. Sem energia, os preços ficam mais caros, os investimentos escasseiam e os pobres continuam pobres.
Para se salvar dessa estagnação, o ser humano criou vários jeitos de captar energia da natureza. De todos, as usinas nucleares são disparado o mais polêmico. Nenhuma forma de energia tem um passado tão horrível. A fissão nuclear é a tecnologia que gerou as bombas de Hiroshima e Nagasaki (pelo menos 130000 mortos em poucos segundos de 1945), que deixou o mundo tremendo de medo de uma destruição total durante a Guerra Fria e que, em 1986, matou 32 operários no acidente da usina de Chernobyl. Na ocasião, a radioatividade se espalhou com o vento para a Rússia e atingiu até regiões distantes como a França e a Itália. Estima-se que pelo menos 4 000 pessoas, segundo a ONU, ou 200 000, segundo o Greenpeace, tenham sido vítimas de doenças provocadas pela contaminação, como câncer de tireóide.
Apesar de hoje se saber que o acidente foi provocado por falhas humanas grosseiras nos procedimentos básicos de segurança e até mesmo por erros no projeto dos reatores, Chernobyl fez a energia nuclear virar sinônimo de desastre e destruição. Grupos ambientalistas fizeram dela seu principal inimigo. A energia nuclear ficou tão associada ao mal que, poucos anos depois de Chernobyl, quando o desenhista Matt Groening criou o personagem Sr. Burns, o vilão de Os Simpsons, deu a ele o trabalho mais odioso da época: dono da usina de energia nuclear da cidade de Springfield.
Mas os tempos mudaram. Enquanto as usinas nucleares avançaram em segurança e controle dos resíduos radioativos, o mundo passou a sofrer com o gás carbônico emitido pelas fontes tradicionais de energia, como o petróleo e as usinas termoelétricas a carvão. Num mundo em que o aquecimento global é o grande problema, especialistas em energia estão fazendo perguntas incômodas para muitos ecologistas: será que a energia nuclear, apesar de todos os riscos e dos resíduos atômicos, não teria sido uma alternativa menos danosa ao meio ambiente do que as fontes que liberam gases causadores do efeito estufa e que colocam em risco todo o planeta? E mais: será que a Terra tem tempo para esperar por fontes alternativas como a solar e a eólica?