terça-feira, junho 24, 2008

Efeito Estufa (Questão Extra Terceirão)

O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante. A atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém cerca de 35% da radiação que recebemos vai ser refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Isto deve-se principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono, Metano, Óxidos de Azoto e Ozônio presentes na atmosfera (totalizando menos de 1% desta), que vão reter esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito calorífico dos mesmos. Nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente; este aumento se deve à utilização de petróleo, gás e carvão e à destruição das florestas tropicais. A concentração de outros gases que contribuem para o Efeito de Estufa, tais como o metano e os clorofluorcarbonetos também aumentaram rapidamente. O efeito conjunto de tais substâncias pode vir a causar um aumento da temperatura global (Aquecimento Global) estimado entre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos. Um aquecimento desta ordem de grandeza não só irá alterar os climas em nível mundial como também irá aumentar o nível médio das águas do mar em, pelo menos, 30 cm, o que poderá interferir na vida de milhões de pessoas habitando as áreas costeiras mais baixas. Se a terra não fosse coberta por um manto de ar, a atmosfera, seria demasiado fria para a vida. As condições seriam hostis à vida, a qual de tão frágil que é, bastaria uma pequena diferença nas condições iniciais da sua formação, para que nós não pudessemos estar aqui discutindo-a.
O Efeito Estufa consiste, basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-os para ela, mantendo assim uma temperatura estável no planeta. Ao irradiarem a Terra, parte dos raios luminosos oriundos do Sol são absorvidos e transformados em calor, outros são refletidos para o espaço, mas só parte destes chega a deixar a Terra, em consequência da ação refletora que os chamados "Gases de Efeito Estufa" (dióxido de carbono, metano, clorofluorcarbonetos- CFCs- e óxidos de azoto) têm sobre tal radiação reenviando-a para a superfície terrestre na forma de raios infravermelhos.
Desde a época pré-histórica que o dióxido de carbono tem tido um papel determinante na regulação da temperatura global do planeta. Com o aumento da utilização de combustíveis fósseis (Carvão, Petróleo e Gás Natural) a concentração de dióxido de carbono na atmosfera duplicou nos últimos cem anos. Neste ritmo e com o abatimento massivo de florestas que se tem praticado (é nas plantas que o dióxido de carbono, através da fotossíntese, forma oxigênio e carbono, que é utilizado pela própria planta) o dióxido de carbono começará a proliferar levando, muito certamente, a um aumento da temperatura global, o que, mesmo tratando-se de poucos graus, levaria ao degelo das calotes polares e a grandes alterações a nível topográfico e ecológico do planeta.

sábado, junho 14, 2008

Urbanização do Mundo (Questão extra-segundos anos)

As primeiras cidades surgiram na Mesopotâmia (atual Iraque), depois vieram às cidades do Vale Nilo, do Indo, da região mediterrânea e Europa e, finalmente, as cidades da China e do Novo Mundo. Embora as primeiras cidades tenham aparecido há mais de 3.500 anos a.C., o processo de urbanização moderno teve início no século XVIII, em conseqüência da Revolução Industrial, desencadeada primeiro na Europa e, a seguir, nas demais áreas de desenvolvimento do mundo atual.
No caso do Terceiro Mundo, a urbanização é um fato bem recente. Hoje, quase metade da população mundial vive em cidades, e a tendência é aumentar cada vez mais. A cidade subordinou o campo e estabeleceu uma divisão de trabalho segundo a qual cabe a ele fornecer alimentos e matérias-primas a ela, recebendo em troca produtos industrializados, tecnologia etc. Mas o fato de o campo ser subordinado à cidade não quer dizer que ele perdeu sua importância, pois não podemos deixar de levar em conta que:

• Por não ser auto-suficiente, a sobrevivência da cidade depende do campo;
• Quanto maior a urbanização maior a dependência da cidade em relação ao campo no tocante à necessidade de alimentos e matérias-primas agrícolas.

Conceito
A urbanização resulta fundamentalmente da transferência de pessoas do meio rural (campo) para o meio urbano (cidade). Assim, a idéia de urbanização está intimamente associada à concentração de muitas pessoas em um espaço restrito (a cidade) e na substituição das atividades primárias (agropecuária) por atividades secundárias (indústrias) e terciárias (serviços). Entretanto, por se tratar de um processo, costuma-se conceituar urbanização como sendo "o aumento da população urbana em relação à população rural", e nesse sentido só ocorre urbanização quando o percentual de aumento da população urbana é superior a da população rural.
A Inglaterra foi o primeiro país do mundo a se urbanizar (em 1850 já possuía mais de 50% da população urbana), no entanto a urbanização a celerada da maior parte dos países desenvolvidos industrializados só ocorreu a partir da segunda metade do século XIX.
Além disso, esses países demoram mais tempo para se tornar urbanizados que a maioria dos atuais países subdesenvolvidos industrializados. Vemos, então, que, em geral, quanto mais tarde um país se torna industrializado tanto mais rápida é sua urbanização. Observe esses dados:
• Em 1900 existiam no mundo dezesseis cidades com população superior a 1 milhão de habitantes. Dessa, somente duas (Pequim e Calcutá) pertenciam ao Terceiro Mundo.
• Em 1950 havia vinte cidades no mundo com população superior a 2,5 milhões de habitantes. Dessas, apenas seis (Xangai, Buenos Aires, Calcutá, Bombaim, Cidade do México e Rio de Janeiro) estavam situadas no Terceiro Mundo. Observação: a cidade de São Paulo nem constava dessa lista.
• Para o ano 2000, as estimativas mostram que, das 26 aglomerações urbanas com mais de 10 milhões de habitantes, nada menos que vinte delas estarão no Terceiro Mundo. A maior aglomeração urbana mais populosa do mundo será a Cidade do México, com 32 milhões de habitantes, o equivalente à população da Argentina em 1990. São Paulo aparece como a segunda aglomeração urbana, com 26 milhões de habitantes.

Urbanização nos diferentes grupos de países
Considerando-se os vários agrupamentos de países, a situação urbana pode ser simplificada como mostramos a seguir. Países capitalistas desenvolvidos. A maior parte desses países já atingiu índices bastante elevados e, praticamente, máximos de urbanização. A tendência, portanto, é de estabilização em torno de índices entre 80 e 90%, embora alguns já tenham ultrapassado os 90%. Países capitalistas subdesenvolvidos. Nesse grupo, bastante heterogêneo, destacamos:
• Subdesenvolvidos industrializados. A recente e rápida industrialização gerou acentuado desequilíbrio das condições e da expectativa de vida entre a cidade e o campo, resultando num rapidíssimo processo de urbanização, porém com conseqüências muito drásticas (subemprego, mendicância, favelas, criminalidade etc.). Isso porque o desenvolvimento dos setores secundário e terciário não acompanhou o ritmo da urbanização, além da total carência de uma firme política de planejamento urbano. Alguns desses países apresentam taxas de urbanização iguais e até superiores às de países desenvolvidos, embora, com raras exceções, a urbanização dos países subdesenvolvidos se apresente em condições extremamente precárias (favelas, cortiços etc.).
• Subdesenvolvidos não-industrializados. Em virtude do predomínio das atividades primárias, a maior parte desses países apresenta baixos índices de urbanização. Países socialistas. Os países socialistas são relativamente pouco urbanizados. A razão fundamental está na planificação estatal da
economia, que tem permitido ao estado controlar e direcionar os recursos (investimentos), podendo assim exercer maior influência na distribuição geográfica da população. Os índices de população urbana dos países socialistas desenvolvidos são semelhantes aos do subdesenvolvidos industrializados.

China, Tibete e a hipocrisia internacional (Questão extra oitava série)

A história da humanidade é recheada de um elemento comum: A hipocrisia.
Os alemães são famosos pelas atrocidades cometidas nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Contudo, poucos sabem que os campos de segregação foram uma idéia americana, aplicada a japoneses em seu território, e copiada por Hitler.
Os japoneses são famosos por sua honra em combate, pelo respeito aos idosos e pelo profundo sofrimento causado pelas explosões atômicas de Hiroshima e Nagasaki. Mas, pouca gente teve notícias das enormes carnificinas promovidas por eles, no mesmo conflito. Tropas japonesas executavam atos que iam desde seqüestro e escravização de civis e de vilas inteiras até a morte por inanição e tortura em seus próprios campos de execução. Além de obrigarem mulheres chinesas e de outros países asiáticos a prostituírem-se para “entreter” seus soldados e oficiais.
A então União Soviética torpedeou e afundou sem prestar socorro um navio de refugiados alemães que fugiam do caos final nazista. O desastre, que caiu no esquecimento da história dos perdedores, fez mais vítimas do que o do famoso Titanic (mais do que o dobro).
Sem mencionar que entre os milhões de Judeus mortos nos campos de concentração nazista; dezenas de milhares foram barrados, em sua fuga desesperada para países “aliados” e devolvidos (via deportação) para os nazistas.
Tudo isso, porque o que é contado; o que fica “valendo” para as gerações futuras é a história contada pela ótica dos vencedores. Você, por exemplo, jamais ouvirá um inglês assumir que seu Império exterminou milhares de pessoas na Índia, Paquistão e em suas colônias na Ásia e África. Apenas, para traficar escravos e tomar posse das riquezas naturais desses locais.
Nações que hoje posam de defensoras da “democracia” e da “liberdade” têm, como todo mundo, seu “pé na lama” da história. Pasmem; até nós os eternos “amigos de todo mundo”; temos nossa cota de atrocidades e crimes contra a humanidade em guerras (aprenda sobre a Guerra do Paraguai e o extermínio de 98% da população masculina daquele país). Nosso maior “herói” militar, adorava cavalgar a toda sobre uma multidão de civis e decapitá-los com seu sabre afiadíssimo.
Mais recentemente, a comunidade internacional se calou, olhou para o lado e fechou os ouvidos aos milhares de injustiçados e massacrados pelo regime chinês. Tudo em nome do “desenvolvimento” econômico da China. Na realidade, as grandes potências criaram esse universo paralelo onde à China é um país próspero e feliz; apenas para compensar a decadência econômica do maior mercado consumidor do mundo até então: Os EUA.
Com as previsões apocalípticas de uma “depressão” americana, a China transformou-se no novo “El Dorado” capitalista. Foi ignorado o massacre da população pobre; que foi obrigada a retirar-se de suas casas (onde vivia a gerações). O despejo de comunidades inteiras ao longo do rio Yang-Tsé-Kiang e do Huang-Ho; que foram obrigadas a habitarem cidades a quilômetros de seus lares natais e de suas raízes culturais em nome de um progresso voraz e que não se preocupa com o ser humano. E a vergonhosa situação do Tibete. Que começou com a caçada humana realizada a uma criança (o Dalai Lama); fato que deu origem a uma das maiores e mais espetaculares histórias de fuga de todos os tempos.
O desastre humanitário; é apenas superado pelo ambiental. O ar nas grandes cidades chinesas; chega a ser venenoso. Sem falar na contaminação das águas e do solo por metais pesados e resíduos industriais. Em nome desse “progresso” a China foi recebida de braços abertos pela comunidade internacional. Mas, como diz o velho ditado: “Pau que nasce torto; morre torto”. E com a China não foi diferente.
Agora, o mundo descobriu que a “ilha de harmonia”, nada mais era do que uma nação que extermina impiedosamente aqueles que não “rezam” pela sua cartilha. Descobriu (só agora?) que o ar no país é tão tóxico que determinadas provas dos Jogos Olímpicos poderão ser adiadas (fato inédito na história da competição), para não por em risco a vida e a saúde dos atletas.
Os recentes conflitos, com os revoltosos do Tibete, fizeram apenas aflorar o que a comunidade internacional e o governo chinês teimam em ignorar: A censura, a morte banal, a perseguição sistemática de inocentes e o extermínio de uma cultura milenar.
Como ocorreu ao longo de toda a história humana, o papel do bem, fica sempre com aquele que se presta mais ao benefício das elites econômicas ou políticas do momento. Hoje, a China ocupa um lugar de destaque nesse palco voraz e insaciável que devora os atores e espectadores igualmente
.

A importância do setor das rochas (questão extra primeiros anos)

Meio que devagar o setor de rochas ornamentais foi surgindo e ganhando espaço na economia nacional e marcando presença no calendário de feiras, a ponto de colocar o Brasil entre os países produtores e exportadores de maior destaque no mercado mundial. Não se realiza uma feira, não se produz uma máquina, não se faz negócios no segmento de pedras sem que o Brasil seja o centro das atenções.E quando o assunto é rochas o Brasil é presença obrigatória em qualquer feira do mundo, leia-se de forma incontestável o Espírito Santo.Responsável por mais de 50% de toda produção, beneficiamento e exportação nacional, os produtos capixabas são garantia em todas as feiras mundiais de qualidade, beleza e raridade de sua produção.São cerca de 600 variedades, cada uma mais representativa que a outra e destacando os estados brasileiros, como se cada amostra representasse uma pedaço da bandeira nacional.Nesse aspecto patriótico o Espírito Santo é muito mais representativo - e isso, aos poucos, sociedade e governo começam a descobrir. A própria sociedade capixaba agora é que começa a acordar para a importância desse segmento que emprega mais de 20 mil chefes de famílias nas cercas de 1,3 mil empresas de extração e beneficiamento instaladas nos 78 municípios do Estado.Cerca de 50 mil chefes de família, de forma direta ou indireta tiram o seu sustento através do setor de rochas no Estado. São os empresários do setor de rochas e seus empregados, fabricantes de máquinas, ferramentas, insumos, motoristas, as empresas de serviços de comércio exterior, alfandegários, advogados, contadores e uma infinidade de segmento do comércio e indústria.Sem contar que os empresários do setor de rochas, fabricantes de máquinas e ferramentas estão constantemente se especializando, realizando treinamentos, cursando línguas estrangeiras e viajando pelo Brasil e o mundo em busca de negócios, gerando receita a vários outros segmentos que parecem não ter nada a ver com o setor. Mas têm.O setor de rochas, o único a estar presente em todos os municípios capixabas é hoje o que paga salário decente a seus empregados e se apresenta como o de maior prosperidade para elevar o nome do Espírito Santo mundo a fora.Um outro fator de vital importância sãos as feiras de Cachoeiro de Itapemirim e Nova Venécia, e a de Vitória em fevereiro de 2003. Elas geram empregos temporários, contratam serviços emergenciais, lotam hotéis, bares, restaurantes, companhia aéreas e as agências de viagens faturam somas significativas.Nenhum outro segmento da indústria capixaba mexe tanto com a economia quanto o setor de mármore e granito. Empresários estudam, seus filhos estudam, viajam, criam oportunidades de negócios, adquirem carros de passeio e motos, caminhões para o transporte de sua matéria-prima, apartamentos, fazendas, casas de campo e veraneio, entre outras atividades.Não bastasse a geração de impostos e empregos, o setor movimenta milhões de dólares e reais, que garantem bancos com portas abertas. Além disso, é um dos principais clientes da Escelsa. É, indiscutivelmente, o segmento que mais tem a cara do Espírito Santo, um Estado com vocação para a exportação.Além de ser uma excelência na extração, beneficiamento e exportação de rochas, o Estado é ainda o mais importante fabricante de máquinas e equipamentos para o setor e o governo precisa urgentemente reavaliar as alíquotas de ICMS dessas indústrias, evitando que ocorra um colapso de insatisfação que possa trazer grandes prejuízos ao Estado, sobretudo às empresas de mármore e granito.

Fonte do texto: Revista Pedras da Editora Opinião
Fonte da imagem: Valter Cardoso